O diamante só pode ser riscado por outro diamante |
O diamante ainda mantém o posto de material mais duro existente na natureza. O mineral suporta uma pressão de até
97 megapascals (cerca de 9 mil vezes a pressão atmosférica) antes de
se romper e só é riscado por outro diamante.
Mas, por incrível que pareça, o reinado da
joia está ameaçado por outros dois minerais:
a lonsdaleíta e o nitrato de boro com estrutura cristalina de wurtzita. Eles seriam 58 e 18% mais duros que o diamante, respectivamente.
Mas, por enquanto,
isso só fica na teoria,
já que a dureza dos
dois ainda não foi comprovada fisicamente. O problema é que tanto um quanto o outro são extremamente raros no planeta. A lonsdaleíta provém de impactos de meteoros sobre a Terra
e a wurtzita de nitrato
de boro só é encontrada após erupções vulcânicas muito violentas. O que
se sabe é que os minerais ganharam a atenção dos cientistas, uma vez que podem ser substitutos
– mais baratos – do diamante e compatíveis com aplicações médicas, industriais e espaciais.
Veja as dez referências na escala de Mohs, que mede a capacidade de um material riscar outro
TALCO Grau de dureza: 1 É o mais mole e pode ser riscado até por uma unha. Onde é encontrado: Em depósitos minerais formados por rochas que sofreram transformações por causa do calor e da pressão do interior da Terra. Utilidade: Serve como isolante térmico e elétrico em construções e está presente na cerâmica. | GIPSITA Grau de dureza: 2 Só não é riscada pelo talco. Onde é encontrada: Em jazidas de rochas sedimentares (que se formam com a ajuda da água, do vento e do gelo). Utilidade: Serve como isolante térmico e acústico e como gesso para imobilizar fraturas e fabricar estátuas. |
CALCITA Grau de dureza 3 É riscada pelos sete minerais acima dela na escala e até por uma moedinha de cobre. Onde é encontrada: Em jazidas com rochas sedimentares de calcário, encontradas em rios, lagos e cavernas. Utilidade: Usada em instrumentos ópticos, em indústrias siderúrgicas e na correção de acidez do solo. | FLUORITA Grau de dureza: 4 É riscada facilmente por uma faca de cozinha. Onde é encontrada: É um mineral de origem hidrotermal, formado onde há a circulação de água quente. Utilidade: Serve como auxiliar na fundição e na fabricação de ácido fluorídrico. Também é usada na fabricação de vidros, esmaltes e cerâmica. |
APATITA Grau de dureza: 5 Risca o talco, a gipsita, a calcita, a fluorita e a si mesma. Onde é encontrada: Em depósitos orgânicos, em rochas magmáticas (formadas pelo magma dos vulcões) e em jazidas. Utilidade: Compõe os ossos de animais e é importante para a produção de adubos. | FELDSPATO Grau de dureza: 6 Risca a si mesmo, mas não é capaz de riscar os outros quatro acima dele na escala. Onde é encontrado: Depósitos hidrotermais (onde tem água quente) de pegmatito (rochas minerais). Utilidade: Muito comum na produção de vidros e cerâmicas. |
QUARTZO Grau de dureza: 7 É resistente e capaz de arranhar o vidro. Onde é encontrado: Jazidas metas-sedimentares (rochas que sofreram modificações por causa de pressão, temperatura e tempo) de quartzo. Utilidade: Usado na fabricação de vidro, cerâmica, esmalte, sabão, fibras ópticas e produtos eletrônicos. | TOPÁZIO Grau de dureza: 8 Risca o quartzo, mas é riscado pelo coríndon e pelo diamante. Onde é encontrado: Depósitos hidrotermais (onde tem água quente) de pegmatito (rochas minerais). Utilidade: Pedra preciosa vendida comercialmente por joalherias. |
CORÍNDON Grau de dureza: 9 Consegue riscar o topázio, mas não é mais duro que o diamante. Onde é encontrado: Depósitos primários de pegmatito, depósitos secundários de sedimentação. Utilidade: É considerado uma joia e é vendido comercialmente em joalherias. | DIAMANTE Grau de dureza: 10 É o mais durão. Só pode ser riscado por ele mesmo. Onde é encontrado: Jazidas de kimberlito (rochas formadas por erupções vulcânicas) e em depósitos sedimentares. Utilidade: Na indústria, serve como ferramenta de corte e para talhar materiais, além de ser uma joia cara. |
Fonte: ME