Afinal, é presidente ou presidenta?
Em 2012 foi sancionada a Lei 12.605, que determina o emprego obrigatório da flexão de gênero para nomear profissão ou grau em diplomas. Mas a norma culta da língua portuguesa já acatava as duas formas como corretas.
É o mesmo caso linguístico de “chefe” e “parente”, que podem servir tanto para ambos os gêneros como também possuem sua flexão em feminino: “chefa” e “parenta”. Há ainda a palavra “elefante”, cujo único feminino aceito é “elefanta”.
As três presidentas da América do Sul: Michelle Bachelet, eleita no Chile; Cristina Kirchner, da Argentina; e Dilma Rousseff, do Brasil. |
Segundo um estudo feito pela equipe do dicionário Aurélio, a palavra “presidenta” foi incorporada ao nosso vocabulário em 1872. A publicação descreve que o substantivo “presidente” pode ser usado no masculino e feminino, apontando “presidenta” como “esposa do presidente” ou “mulher que preside”. Os dicionários Michaelis e Houaiss também adotam a flexão feminina do substantivo.
Apesar de até hoje ter sido pouco usual no português – tendo em vista que Dilma Rousseff é a primeira mulher a ocupar o posto em um país lusófono* –, o termo é bem disseminado no espanhol. Ambos os idiomas possuem a mesma raiz, que é o latim.
*Lusofonia
Lusofonia é a identidade de países, regiões, estados ou cidades e comunidades que têm a presença do português em sua cultura.