Lagostas e caranguejos sentem dor e tomam medida para não sentirem novamente

| 7 de fev. de 2013
Chefes de cozinha devem pensar duas vezes antes de mergulhar uma lagosta viva em uma panela de água quente.

Os cientistas provaram que os caranguejos e outros tipos de crustáceos sentem dor e são capazes de recordar a experiência dolorosa, tomando medidas para evitar que isso ocorra novamente. 

Contradizendo a teoria: Sim, eles sentem dor!

A pesquisa mostrou que, quando os caranguejos da costa tomam choques elétricos ao se esconderem em abrigos escuros, eles tentam escapar do choque, optando por outros esconderijos. 

Outro estudo realizado na Universidade Queen de Belfast, evidenciou que caranguejos e camarões também possuem sinais de dor em alguns experimentos realizados. 

A descoberta pode ter implicações importantes para a indústria de alimentos, onde muitos caranguejos, lagostas e camarões são colocados vivos em enormes panelas de água quente através da alegação que eles são imunes à dor.

Muitos morrem na água quente.

Pior ainda seriam as implicações para os fornecedores de frutos do mar que simplesmente arrancam as pernas ou o abdômen de animais vivos. O professor e pesquisador Bob Elwood disse: “As experiências mostram que é provável que eles experimentem dor, então, temos que começar a questionar como esses animais são tratados”, em declaração ao britânico DailyMail.

Ele continua: “Na indústria de alimentos em todo o mundo, bilhões de crustáceos morrem todos os anos de maneira cruel, acreditando que eles não sentem qualquer tipo de dor. Eles sofrem tratamentos extremos que não seriam permitidos nas indústrias de pesca”.

O estudo, publicado no Journal of Experimental Biology, mostrou que os caranguejos trocam seus locais tradicionais de moradia por saberem que levaram choque, o que demonstra claramente a compreensão de um processo doloroso, evitando futuros choques.

Fonte: Jornal Ciência
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