Esqueleto humano vestido de Papai Noel é denunciado em Itu

| 16 de dez. de 2014
Uma brincadeira com um esqueleto humano vestido de Papai Noel chamou a atenção de moradores e pessoas que passavam no Parque Industrial no domingo, em Itu, interior de São Paulo.

O esqueleto de Papai Noel estava preso a uma árvore em frente a uma casa. O autor da brincadeira explicou ao Jornal Cruzeiro do Sul porque teve a ideia: "Eu já tinha visto Papais Noéis esqueletos e achei que seria uma forma de brincadeira e, mais do que isso, um protesto contra a banalização do Papai Noel nos dias de hoje. Sabemos que o comércio é que ganha mais com isso, e o mais importante, que é a atenção, o amor e o carinho às crianças está faltando. Não tive intenção de ofender ninguém e se isso aconteceu, já peço desculpas", afirma o vendedor José Galvão Júnior, de 22 anos.

Reprodução

Pessoas que não gostaram da brincadeira, telefonaram para a polícia e denunciaram o fato. Policiais militares foram até o local e constataram que se tratava de um esqueleto humano real.

O rapaz montou o Papai Noel na noite de sábado e, desde então, ficou exposto na frente da casa. A Polícia Técnica esteve no local e levou o esqueleto para o Instituto de Criminalística em Sorocaba para ser periciado. Mas em função de outras atividades, o esqueleto foi removido da frente da casa no final de domingo.

O ituano mora há cerca de 15 anos com os pais e como qualquer outra criança, cresceu acreditando no Papai Noel, mas, segundo ele, atualmente, essa magia vem-se perdendo ao longo dos anos, então, quando encontrou o esqueleto, teve a ideia de colocar a roupa de Papai Noel nele. "Não sabia que daria toda essa repercussão, se soubesse nem teria colocado. Perdi o domingo inteiro por causa disso!", conta.

O jovem relata que retornava para casa, no sábado, quando viu o esqueleto jogado em um contêiner. "Aí, eu parei para ver o que era e vi que tinha uns pregos e parafusos no esqueleto que, possivelmente, tinha sido dispensado por alguém que usou o esqueleto para estudar medicina", observa. O esqueleto não estava completo, faltava-lhe as pernas e pés e parte das mãos. "Tinha o crânio, o tronco e parte dos braços, então, acho que por isso jogaram fora. Só não sei quem foi", diz.

Conforme a Polícia Civil, por enquanto, não há crime algum, sendo a ocorrência registrada como encontro de ossada. Segundo a polícia, na região há muitas escolas de enfermagem e laboratórios, de onde deve ter saído o esqueleto. Há também o campus do Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio (Ceunsp), que tem cursos na área de medicina. Mas a origem deverá ser investigada. Quanto ao esqueleto, como o dono dele talvez não apareça, deverá ser enterrado como indigente, já que não é possível identificar a quem pertenceria a ossada.

Com informações do Jornal Cruzeiro do Sul
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