Estado de São Paulo é o maior produtor de flores do país

| 24 de nov. de 2015
| Por Fábio Duran

Desde 2006 o segmento de flores registra altas de 5% a 8% em volume de produção e de 4% a 7% em valor. Em 2014 faturou 5,7 bilhões de reais e tem previsão de crescimento de 8% para 2015. São quase 15 mil hectares produzindo mais de 350 espécies de plantas.

Com cerca de 8 mil produtores no país, o setor é responsável por mais de 200 mil empregos diretos. São Paulo é o estado com maior número de produtores do Brasil (2.288), seguido pelo Rio Grande do Sul (1.550) e Rio de Janeiro (1.030), segundo dados do Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor). Além de maior produtor nacional, São Paulo também se destaca como maior consumidor e maior exportador de flores e plantas ornamentais do Brasil.

Holambra, Atibaia, Campinas, Dutra, Paranapanema e Vale do Ribeira são os seis polos produtores de São Paulo. Os polos concentram 20 cidades do Estado, que juntas, são responsáveis por cerca de 60% da produção nacional.

A cidade de Holambra, estância turística pelo estado de São Paulo e sede do Ibraflor, se destaca no cenário nacional e internacional como “a cidade das flores”. O município começou o cultivo de flores em 1951, poucos anos depois de sua fundação e atualmente produz mais de 200 espécies com mais de 3000 variedades.

Outra cidade que se destaca no cenário nacional é Atibaia, conhecida como a “Estância das flores e dos Morangos”, o município tem cerca de 1500 famílias de origem oriental. Os primeiros japoneses chegaram na cidade atraídos pela oportunidade de adquirir terras para cultivar hortaliças e flores. Atualmente Atibaia representa 25% da produção de flores do país com aproximadamente 400 produtores e 500 hectares voltados para esse tipo de cultivo.

Haroldo Yuji Fujihara produz plantas rasteiras em Sorocaba, interior de São Paulo. Em sua produção encontra-se pingo de ouro, grama amendoim, aptenia, onze horas, gota de orvalho, ericas, russelia, impatiens, lantana, clorofito, unha de gato, rabo de gato, azulzinha, jasmim, bela emilia, ixoria, entre outras.

Foto: Haroldo Fujihara

"Comecei meio levando na brincadeira”, diz Haroldo, que trabalhou por dois anos para o seu tio como vendedor no CEAGESP de São Paulo. Ele entrou no ramo logo após retornar ao Brasil, quando não sabia o que fazer. Ele morou por quatro anos no Japão. “O mesmo tio me disse que eu podia continuar no ramo de plantas”, conta, “iniciei fazendo compra e venda, e com o passar do tempo comecei a produzir, sem experiência nenhuma, mas com o decorrer dos anos fui adquirindo experiência no ramo”.

Em uma área de aproximadamente 10.000m² são feitas estaquias das plantas, método que consiste no plantio de pequenas estacas de caule, raízes ou folhas, que com umidade se desenvolve novas plantas. “Cada uma tem o seu tempo de enraizamento variando de 20 a 60 dias”, revela Fujihara, “a vantagem é que giram rápidas, e as dificuldades seriam temperaturas muito baixas e altas demais”.

Atualmente ele conta com 5 funcionários e tem cerca de 100 mil mudas plantadas mensalmente. Seus principais clientes são as floras, paisagistas e jardineiros.

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